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Açores – Um ano depois!

Um ano passou!

Um ano, é verdade, mas como escreveu Jorge Luis Borges: «O tempo não existe. É apenas uma convenção. O tempo é a substância de que sou feito».

Entre os dias 09 e 13 de fevereiro de 2018, os alunos que, então, frequentavam o 11.º ano de escolaridade, partiram rumo a S. Miguel (Açores) – a ilha verde, no âmbito de uma visita de estudo da disciplina de Biologia e Geologia. A viagem permitiria concretizar in loco todos os conteúdos estudados na unidade de ensino: «Açores – Um Laboratório de Ciências da Terra».

Na altura, por razões diversas, essencialmente logísticas e de transição de meios de divulgação, acabou por não se concretizar a partilha dessas preciosas memórias com a comunidade educativa. Promessa feita pelo professor de que, a seu tempo, a pertinência surgiria, e a lembrança comum seria alargada, eis a revisitação desses momentos através de excertos dos textos que os alunos redigiram na altura. Ficam, aqui, os seus testemunhos.

VIAGEM AOS AÇORES – UM DESAFIO TORNADO REALIDADE.

A viagem começou logo pela manhã do dia 9 de fevereiro. (…) Visitámos o CIVISA (Centro de investigação e vigilância sismovulcânica dos Açores), onde pudemos observar e analisar registos sísmicos (…) Na visita guiada à Central Geotérmica da Ribeira Grande, percebemos que esta fornece energia para quase toda a ilha. Visitámos a vila das Furnas bem como a lagoa das Furnas, o seu centro de interpretação e as famosas fumarolas (evidências de vulcanismo secundário) – onde os habitantes locais fazem o muito célebre cozido, que provámos num ótimo restaurante. Visitámos também a Gruta do Carvão, a Lagoa das Sete Cidades, o Parque Terra Nostra, a Ponta da Ferraria e a Caldeira Velha, locais onde existem águas termais, outro fenómeno de vulcanismo secundário. Durante a nossa estada em São Miguel observámos uma fauna e uma flora muito variadas que não é possível encontrar em Portugal Continental; observámos também, a partir dos muitos miradouros, as bonitas paisagens da ilha, que, por ser de origem vulcânica, possui um terreno muito fértil. Também experimentámos alguma da vasta gastronomia Açoriana, como por exemplo, as queijadas de Vila Franca do Campo. Durante as noites, passeámos por Ponta Delgada, de forma a descontrair e visitar a cidade (…).

Foi uma experiência muito agradável que nos proporcionou uma consolidação de conhecimentos já adquiridos e muitos momentos de lazer e descontração. Nesta viagem pudemos também reforçar as relações entre nós, alunos, e também com os professores. A viagem foi muito bem organizada, ao pormenor, e, por isso, correu bastante bem.

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Nas passadas férias de Carnaval (2018), visitámos a ilha de São Miguel pertencente ao arquipélago dos Açores. Foi uma viagem organizada pelo professor Rui Farinha que nos permitiu conhecer a ilha de uma ponta à outra na companhia dos meus camaradas e da Professora Susana Farrica, a nossa Diretora de Turma! Foram cinco dias que mais pareceram dois!!!

Esta visita permitiu-nos contactar mais diretamente com a matéria que demos ao longo do ano (mais nomeadamente a de Geologia) pois a ilha é geologicamente muito ativa!

No entanto, foi também tempo de respirar novos ares e usufruir de um ambiente calmo, no qual conseguimos relaxar e abstrair-nos um pouco da vida de Lisboa.

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Tantas coisas que poderiam ser ditas neste texto, tantas emoções por que passámos… Esta viagem não começou no dia em que embarcámos. Esta viagem começou muito, muito antes, no dia em que começámos a planear a aventura.

Foi uma jornada intensa e completa. Desde o momento em que desembarcámos não mais parámos. Foram inúmeras as atividades desenvolvidas.

Esta viagem foi bastante importante para que a nossa preparação para o exame de Biologia e Geologia (dali a poucos meses) fosse a melhor possível. As ilhas têm uma constituição fantástica, acompanhada de campos verdes sem fim e «montanhas» de perder de vista que nos dão um sentimento de liberdade. (…)

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A 9 de fevereiro, os dez alunos da disciplina de Biologia e Geologia, acompanhados pelos professores Rui Farinha, e Susana Farrica, Diretora de Turma, partimos para a visita de estudo a S. Miguel. Ficámos alojados na Unidade Militar de S. Gonçalo, onde fomos acolhidos de uma forma muito simpática e preocupada.

Após a sessão de cumprimentos ao Senhor Brigadeiro-General Dias Gonçalves, no Comando da Zona Militar dos Açores, iniciaram-se as atividades académicas que foram inúmeras e de entre as quais gostaria de salientar a visita às furnas (observatório e vila), onde pudemos observar os vestígios de vulcanismo secundário; a visita à central geotérmica da Ribeira Grande, onde, para além de termos a oportunidade de testemunhar diversos fenómenos que estudámos também podemos conhecer algumas tradições locais e estórias peculiares graças a um guia espetacularmente extrovertido.

No Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores tivemos acesso a um acervo único, pertença de um dos maiores vulcanólogos do país: o professor doutor Victor Hugo Forjaz. No dia 12 de fevereiro vivemos (sem saber) uma «crise sísmica» em S. Miguel, pois ocorreram mais de 300 sismos durante a noite. (In)felizmente nenhum de nós os sentiu, mas sentimos a imensa preocupação de quem, no continente, ouvia as notícias atualizadas hora a hora, querendo saber se estávamos bem.

Foram várias as deslocações que fizemos, tendo sempre como fiel motorista, o Soldado Lindo, que, desde que nos foi recolher ao aeroporto até nos deixar no último dia, se revelou uma fonte de boa disposição e uma grande ajuda em várias e engraçadas situações.

Foi uma viagem marcada pelo bom ambiente e pela descontração que, aliados ao espírito científico, a tornaram memorável para todos nós. Tivemos uma sorte imensa, quer com os cientistas e guias conhecedores que nos receberam em todos os locais visitados, quer com as condições atmosféricas.

A excelente forma como tudo estava organizado e pensado contribuiu para que a visita corresse sem falhas.

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Nas férias de Carnaval tivemos a oportunidade de fazer uma vista de estudo à ilha de São Miguel. Esta visita teve objetivos tanto de lazer como educacionais, visto que é um gigante laboratório natural de Biologia e Geologia.

Fizemos um programa de 5 dias, organizado pelo professor responsável (Rui Farinha), que nos permitiu visitar a universidade e diversos centros de investigação. Pudemos verificar e aplicar alguns dos conteúdos aprendidos em aula. Perdemo-nos por miradouros, termas e outras atrações turísticas.

Ficámos alojados na unidade de apoio militar da ilha de São Miguel. O condutor da nossa viatura fica na nossa memória: o Soldado Lindo. Foi o «açoriano» que mais contactou connosco. A partir dele, mas também com a ajuda de todas as outras pessoas, pudemos perceber que não são só as lindíssimas paisagens micaelenses que surpreendem e agradam, mas também o seu povo excecional, afável e muito simpático. A gastronomia também não fica nada atrás, o que se pode verificar no famoso cozido das furnas ou na imensa variedade de queijos que provámos, assim como a carne regional que saboreámos num dos restaurantes mais famosos de S. Miguel.

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A viagem à ilha dos Açores, nasceu de um desafio lançado pelo nosso professor de Biologia e Geologia. Após muita preparação e preocupação, tornou-se realidade a 9 de fevereiro, dia em que a nossa turma (11.º A) partiu para «Uma Aventura em São Migue»”.

 Chegámos ao aeroporto e a emoção aumentava. Após duas longas horas (um pouco mais) chegámos a São Miguel. Fomos muito bem-recebidos na Unidade de Apoio da Zona Militar do Açores, onde pernoitámos durante a nossa passagem pela ilha. Aprendemos bastante acerca dos vulcões dos Açores e da formação do arquipélago. Foi possível observar diversas rochas ígneas, principalmente o basalto. Fomos ao CIVISA, onde observámos registos sísmicos originais e distinguimos os diferentes tipos de ondas sísmicas e observámos sismógrafos em pleno funcionamento. Visitámos ainda outros locais: a Central Geotérmica da Ribeira Grande, a gruta do Carvão; a Plantação do Chá Gorreana; avistámos o ilhéu de Vila Franca; descemos à Lagoa das Sete Cidades, onde almoçámos entre as lagoas da lenda. Não posso deixar de destacar a Caldeira Velha e o emblemático Parque Terra Nostra, com a sua ampla piscina de água quente, onde tomámos maravilhosos banhos. Também na Ponta da Ferraria, em plena maré baixa, tomámos um inesquecível e muito quente banho oceânico. Aí observámos um fantástico pôr-do-sol. Na Lagoa das Furnas contactámos com outro tipo vulcanismo secundário: as fumarolas. Pudemos ainda desfrutar de diversas paisagens cheias de vegetação e seres vivos, visitar todo o centro histórico de São Miguel, que alberga as Portas da Cidade, e ainda provar diversas iguarias a que não estamos habituados, tais como as queijadas de Vila Franca e o famoso cozido das furnas.

Todos os objetivos foram atingidos. Esta visita foi uma experiência fantástica. Permitiu consolidar e aplicar conhecimentos já adquiridos, contribuiu para o enriquecimento cultural de alunos e professores, sendo que a parte lúdica não ficou atrás, o que permitiu estreitar as relações interpessoais. Um verdadeiro sucesso!

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(…) Visitámos imensos sítios, mas, sem dúvida, os que mais me fascinaram foram aqueles em cuja intervenção do Homem é mínima, como a Caldeira Velha, a Ponta da Ferraria e a Lagoa do Fogo. Caminhar ao ar livre na ilha de São Miguel é refrescante, revitalizante, e completamente diferente de caminhar em Lisboa. Em qualquer lugar por onde se passava, era notória a brisa da natureza; o ar era puro. Foi uma experiência inesquecível. O melhor de tudo foi poder viver esta experiência com amigos, o que foi decisivo para que esta experiência fosse ainda mais memorável. A ilha de São Miguel é um local a que vou ter de voltar. Adorei visitá-la e fico super feliz cada vez que me lembro de todas as atividades, de todos os momentos e de todas as memórias que lá criámos. Foi, sem sombra de dúvida, uma das melhores viagens de sempre.

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A viagem que realizámos à ilha de São Miguel foi uma experiência que ficará bem marcada na minha memória para toda a minha vida. Visitámos lugares fantásticos e todos aprendemos coisas novas sobre a ilha vulcânica que nos recebeu sem chuvas nem contratempos. Nela rimos e convivemos e, principalmente, divertimo-nos muito!

Dos vários locais visitados, a lagoa do Fogo foi, sem dúvida, um dos que mais me fascinaram. (…) Outro local que adorei foi o Parque Terra Nostra. Este parque é um extenso jardim botânico, que visitámos, e que tem uma das maiores coleções de camélias do mundo e mais de 600 espécies diferentes de plantas. Para além disso, o parque tem também uma piscina de água férrea vulcânica, naturalmente castanha, cuja temperatura ronda os 25 °C, onde nos banhámos e descontraímos. A Caldeira Velha é um local muito bonito onde também foi possível identificar a riqueza natural da ilha, e verificar a grande diversidade de vegetação e fauna para além das águas quentes e medicinais. Estas águas têm origem termal e formam cascatas e canais com um tom acastanhado devido à abundância do ferro. Nas furnas observámos uma grande diversidade microbiana existente nas nascentes termais. Aí observámos cores maravilhosas cuja existência é devida às inúmeras bactérias que colonizam esses ambientes. (…)

Com esta viagem aprendi muito sobre esta ilha que tem uma enorme história geológica e muito para nos ensinar. Tive a oportunidade de visitar locais inesquecíveis e o privilégio de aprender enquanto me divertia rodeada de amigos.

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