Os primeiros trabalhos área da tecnologia de vácuo devem-se a Otto Von Guericke (1602-1686). Otto Von Guericke realizou algumas experiências espetaculares de vácuo para a época: a extinção de uma vela na ausência de ar e a não propagação de som no vácuo. Mas a mais espetacular e conhecida experiência foi certamente a dos “Hemisférios de Magdeburgo”, onde dois hemisférios de metal com juntas de vedação de couro, eram justapostos e tornava-se muito difícil separá-los, quando o ar era retirado de dentro da esfera.

Depois das experiências de Otto von Guericke na Alemanha, seguiram-se os estudos de vários outros cientistas como Robert Boyle, Denis Papin, Swedenborg e Geissler. Contudo foi necessário esperar pela invenção da bomba de mercúrio de Gaede, 1905, para que se desse um novo salto na qualidade de vácuo. É uma das inovações mais importante, uma vez que foi a primeira bomba de alto vácuo de ação rápida existente e desde então o seu uso permitiu aos físicos e engenheiros realizarem algumas das descobertas mais importantes do séc. XX, entre as quais se destaca o avanço no fabrico das primeiras válvulas. A bomba de vácuo de Gaede ou por mercúrio rotativo, permitiu que a rarefação das lâmpadas bulbo e das válvulas fosse consideravelmente melhorada.

Algumas das aplicações do vácuo mais conhecidas são as das embalagens “a vácuo” de café, de carne, requeijão e geleias; existe um outro conjunto de aplicações menos conhecida, tais como as em que existe a necessidade de um ambiente com baixa pressão para facilitar a abertura de embalagens, a conservação dos produtos que depende de um menor teor de oxigénio para se reduzir as possibilidades de oxidação e na liofilização de produtos.

De acordo com os registos do Colégio Militar, esta bomba terá sido adquirida em 1907. Esta máquina é referida por parte do fabricante, E. Leybold´s Nachfolder, em 3 de agosto de 1908 como existente no Real College Militar-Lissabon.

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